Novo acordo da ONU para a proteção dos oceanos
As Nações Unidas chegaram a um consenso este sábado após duas décadas de negociações quanto à proteção do alto mar, esclareceu a presidente da conferência, Rena Lee, ao afirmar que “O navio chegou à costa”. Atualmente, apenas 1% do alto mar se encontra protegido, porém, o novo consenso internacional irá permitir que mais zonas protegidas sejam criadas, dentro daquilo que se considerava como res nullius ou res communis, além das Zonas Económicas Exclusivas.
Os países em desenvolvimento temem que o tratado seja injusto devido à sensível distribuição dos potencias benefícios da exploração dos recursos das águas internacionais, uma vez não disporem de meios físicos e financeiros para investir numa possível comercialização de moléculas estratégicas à indústria farmacêutica e da cosmética. Estes agora falam na transferência de tecnologia para um maior aproveitamento dos potenciais ganhos da economia azul, nomeadamente dos recursos marinhos genéticos.
O Secretário-Geral das Nações Unidas, António Guterres apontou que o acordo foi uma “vitória para o multilateralismo” e as delegações ambientais presentes nas negociações, nomeadamente da Greenpeace e da WWF, elogiaram o consenso. Os Estados irão, ainda, reunir-se em 2024 na Grécia no contexto da conferência “Our Ocean”, onde se espera que o compromisso da proteção de 30% dos oceanos até 2030 da COP15 seja estendido.
Outras notícias:
- Na Grécia, dois comboios estiveram envolvidos num acidente ferroviário que vitimou 57 dos 350 passageiros, devido à colisão entre as carruagens que, por motivo ainda a ser investigado, acabaram no mesmo carril.
- O ministro dos Negócios Estrangeiros da Coreia do Norte chamou a atenção da ONU para impedir a execução das manobras militares conjuntas entre os EUA e a Coreia do Sul que acontecem desde que Pyongyang tem efetuado testes com mísseis nucleares frequentemente.
- Após um encontro com o presidente iraniano Ebrahim Raisi, o diretor da AIEA revelou que o Irão aceitou retomar e reforçar a vigilância nas instalações nucleares, na sequência de relatos de que o país estaria a enriquecer urânio.
- O chanceler alemão Olaf Scholz alertou Pequim das consequências que surgiriam caso a China enviasse armamento para a Rússia, na sequência das declarações da diplomacia chinesa na conferência do G20.
- Enquanto discursava numa conferência em Nova Deli, Serguei Lavrov, o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, terá se referido à guerra na Ucrânia como “lançada contra nós”, o qual foi motivo de risos por parte da plateia.
- As eleições presidenciais na Nigéria elegeram Bola Tinubu, aos 70 anos, com cerca de 8 milhões de votos, apesar de a oposição acusar a fraudulência do meio em que estas ocorreram.
- Na fronteira entre a Arménia e o Azerbaijão, na disputada área do Nagorno-Karabakh, uma troca de tiros terminou em 5 mortos.
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