Putin suspende o acordo New START
O acordo New START (Novo Tratado de Redução de Armas Estratégicas) celebrado entre a Rússia e os Estados Unidos da América, em 2010, cuja validade tinha sido estendida em 2021 para 2026, foi esta Terça-Feira (dia 21) suspendido. O acordo bilateral visava limitar o número de ogivas nucleares de ambos os estados, cujos arsenais são os maiores do mundo, e permitia que os mesmos se fiscalizem, mutuamente, 18 vezes por ano no terreno.
Apesar de ter suspendido a sua participação no tratado de forma unilateral, a Rússia não se retirou totalmente do mesmo.
Esta suspensão aconteceu ao mesmo tempo que o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, fazia uma visita surpresa a Kiev para se encontrar com o Presidente Volodymyr Zelensky. Para Putin, esta foi uma decisão forçada, “Sou forçado a anunciar hoje que a Rússia está a suspender a sua participação no tratado de armas ofensivas estratégicas” -disse, e reforçou a ideia de que a Rússia não perderá um conflito direto através os meios de guerra convencionais. Putin acusou ainda o Ocidente de se envolver, de forma direta, em tentativas de atingir as bases aéreas estratégicas da Rússia.
Mais tarde, na primeira resposta oficial dos Estados Unidos da América, o Secretário de Estado Antony Blinken, considerou a decisão da Rússia algo muito infeliz e irresponsável e sublinhou ainda que os Estados Unidos irão continuar a agir de forma responsável naquela área. Já Biden, quando confrontado com a questão, disse apenas tratar-se de um grande erro.
A União Europeia aprova o 10º pacote de sanções contra a Rússia
A data é simbólica, 24 de fevereiro, no dia em que se assinala um ano de conflito, os Estados-membros da União Europeia chegam a acordo naquele que é o décimo pacote de sanções à Rússia e aos seus aliados.
Na tentativa de continuar a ajudar a Ucrânia a vencer a Guerra, o décimo pacote de sanções aumenta a pressão exercida sobre a Rússia e os países que se alinham ao seu lado.
Este pacote conta com suspensões às exportações Europeias para a Rússia no valor de 11 mil milhões de Euros, privando a economia Russa de bens industriais e tecnológicos vitais para o poderio de guerra Russo, na tentativa de limitar a sua capacidade, e medidas de combate à desinformação propagada pelo governo Russo.
Foram também adicionados 121 indivíduos, detentores de altos cargos governamentais e militares ligados à Rússia e ao Irão, à lista de sanções que conta agora com um total de 1473 indivíduos e 205 entidades.
Este acordo fica marcado pelas divergências dos Países Europeus quanto às medidas a aplicar ao comércio russo, com a Itália a defender sanções mais leves e a Polónia a pedir medidas mais restritivas.
Os Países do G20 condenam a Rússia pelo conflito armado na Ucrânia
A reunião do G20, que conta com as 20 maiores economias do Mundo, decorreu esta sexta-feira dia 24 de fevereiro em Bengaluru, India.
O anfitrião Narendra Modi, primeiro-ministro indiano, evitou usar a palavra “guerra” numa reunião marcada pela intenção de redigir um acordo sobre a guerra na Ucrânia, ao qual a Rússia e a China se opuseram veemente. A Rússia acusou ainda o Ocidente de destabilizar o real intuito da reunião de ministros ao forçar uma declaração conjunta do grupo acerca do Conflito
Sem conseguir a unanimidade, a reunião terminou com uma simples declaração de condenação ao conflito feita pela maioria do grupo.
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