Rússia e Ucrânia: Novas medidas de Putin
Quanto às notícias relativamente ao conflito Rússia-Ucrânia, o ministério da defesa russo anunciou um projeto algo ousado- o envio de músicos e artistas para a linha da frente de combate, a “front-line creative brigade”. O objetivo? Levantar a moral das tropas. De acordo com a BBC News, a informação é dada pelos serviços de inteligência ingleses numa altura em que Kiev mostra sérias preocupações com possíveis novos e mais fortes ataques no início do ano de 2023.
Entretanto, o ministro da defesa russo terá supostamente, visitado as suas tropas em território ucraniano. A notícia surge depois da publicação de um vídeo que mostra o ministro num avião que sobrevoava, alegadamente, a Ucrânia. No entanto, não é possível ver coordenadas ou imagens do território.
Por fim, tivemos a notícia de que, segundo a BBC News, o Presidente Putin terá uma viagem marcada para os próximos dias, à Bielorrússia. A viagem terá como principal objetivo pressionar o estratégico vizinho da Ucrânia a juntar-se ao esforço de guerra da Rússia e a enviar até tropas para a Ucrânia. A BBC cita Zelensky a dizer que se estão a preparar para todos os cenários possíveis de defesa e quem quer que seja que influencie Minsk para qualquer ação, não os ajudará em nada mais do que qualquer ideia doente nesta guerra contra os ucranianos. Por enquanto, Lukashenko não cedeu a qualquer pressão russa.
Vice-Presidente do Parlamento Europeu
Eva Kaili, Vice-Presidente do Parlamento Europeu foi apanhada pela polícia belga, em flagrante delito e detida. Como consequência foi também demitida da sua função de Vice-Presidente do PE. As investigações estão a decorrer, mas em causa está o possível envolvimento num esquema relacionado com o mundial do Catar.
Na sequência da investigação “Qatargate”, foi suspensa a “autorização de acessos para representantes dos interesses do Catar”. Em resposta, o Catar reagiu com um “aviso”, dizendo que esta discriminação e impedimento pode colocar em causa as negociações de fornecimento de gás natural. A decisão cabe agora à Presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola.
Acabou o Mundial
O Mundial do Catar, que nos devolveu a discussão sobre o cumprimento dos Direitos Humanos e o compactuar com os Estados que os violam, acabou este domingo. A Argentina de Messi foi a vencedora e, no fim, ficamos com a imagem de um dos melhores jogadores de sempre com um “bisht” – um traje árabe utilizado por figuras importantes em situações de celebração. Após meses de protestos, o Ocidente deixou para trás a preocupação com os Direitos Humanos e celebrou o desporto que une todos. Depois do exímio cumprimento das normas da FIFA no que respeita a manifestações políticas ou religiosas e à utilização de objetos que defendesse uma causa relativa aos mais básicos direitos humanos, o Mundial chega ao fim com a imagem de Infantino a permitir que o Emir do Qatar pusesse o manto do festejo árabe sobre Messi, violando de forma clara os regulamentos da FIFA sobre o vestuário dos jogadores desde o início da partida à celebração da possível vitória.
Outras Notícias
- Saiu o documentário de Harry e Meghan que veio pôr em causa a família real britânica.
- Um estudo publicado pelo New York Times, mostra que a maior causa de mortalidade infantil nos Estados Unidos são as armas e a violência por elas trazida.
- Num acontecimento memorável, os dois partidos americanos, democrata e republicano, aprovam por uma aliança bipartidária, uma legislação que protege o casamento. A partir de agora, por imposição federal, os Estados são obrigados a reconhecer e proteger os casamentos entre pessoas do mesmo sexo. Esta lei vem revogar a antiga que reconhecia como Casamento, a união entre um Homem e uma Mulher, apenas.
- Um grupo de indivíduos sérvios ultranacionalistas, protestaram na fronteira com o Kosovo e tentaram ultrapassá-la, sem sucesso. As autoridades sérvias e a NATO foram os responsáveis pelo impedimento.
- O COP15 fechou ontem o acordo para a criação do Fundo Internacional para a Biodiversidade.
- A Fifa recusou a transmissão de um vídeo de Zelensky na final do Mundial. O vídeo pedia a realização de uma Cimeira da Paz.
- Na Irlanda, o chefe de Governo muda. Um acordo foi feito entre os dois partidos de coligação que ganharam as eleições: Um mandato de 5 anos dividido ao meio entre Leo Varadkar e Micheál Martin. Agora, é a vez do primeiro chefiar o governo.
- Salah Hamourim, um advogado de direitos humanos de dupla nacionalidade franco-palestiniana, foi deportado de Jerusalém numa ação do Estado de Israel que segundo França utiliza uma quebra do Direito Internacional Público. Segundo o “The Guardian”, o advogado estaria desde março detido sem uma acusação formal por ligações a um grupo militar já banido de Israel. A deportação acontece na sequência da retirada do seu visto de residência para o território em questão. Salah foi recebido em Paris por ONG’s, representantes políticos e a família.
- Apesar do fim da polícia da moral iraniana, nesta semana saiu mais uma lista divulgada pelo portal Iran Wire que nunca ninguém quer ler. 28 pessoas condenadas à morte por defender os direitos das mulheres. Um jovem de 23 anos já foi enforcado esta semana, somando-se às 320 mortes estimadas pela Iran Human Rights. A lista desta vez foi bastante polémica por entre os vários nomes estar o de um jogador de futebol, Amir Nasr-Azadani.
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