O mundo de 27 de fevereiro a 5 de março de 2022

Por Francisca Pereira

Rússia – Ucrânia: o conflito continua

Desde 24 de fevereiro que assistimos de perto ao desenrolar da invasão russa da Ucrânia.

Foi suspensa a evacuação da cidade de Mariupol neste sábado, dia 5, dado que o cessar-fogo acordado por Kiev e Moscovo não se realizou. Kiev acusou Moscovo de bombardear a zona definida como corredor humanitário e Moscovo acusa Kiev de sabotar o acordo. Ao longo da semana assistimos também ao ataque à torre de televisão de Kiev e ao anúncio de Putin de pôr as armas nucleares em “alerta máximo”, assim como à tomada pelos russos da central nuclear de Zaporizhzhia após o seu bombardeamento. A Agência Internacional de Energia Atómica afirmou que os níveis de radiação e a segurança dos reatores não foi afetada.

As baixas civis estão contadas em 351 até este sábado, dia 5, segundo as Nações Unidas.

Até este domingo 1.5 milhões de ucranianos deixaram o país devido ao conflito que dura há 10 dias, a mais rápida migração de refugiados desde a 2ª Guerra Mundial. A Europa prepara-se para receber muitos mais. “Todos que tiverem que fugir das bombas de Putin serão recebidos de braços abertos”, disse apresidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.

Alguns países da NATO, em conjunto com a Suécia, têm facultado ajuda militar à Ucrânia.

Ao redor do mundo milhares de pessoas manifestam-se contra as ações de Putin na Ucrânia. Continuam a ser detidos manifestantes ao largo da Rússia que condenam a invasão. Em contrapartida, nesta sexta feira realizou-se uma marcha pró-russa em Belgrado em virtude dos laços religiosos, étnicos e políticos dos sérvios para com a Rússia.

As nações ocidentais têm respondido com sanções à invasão russa. Destas contam-se as sanções financeiras, como o congelamento dos ativos dos banco central russo e a proibição às pessoas e negócios de efetuarem transações com este, assim como a retirada dos bancos russos do sistema internacional de pagamentos Swift.

Também foram impostas sanções a determinados indivíduos oligarcas com ligações próximas ao Kremlin. Destacam-se igualmente as restrições à exportação de determinados produtos para a Rússia e a proibição a aviões russos de sobrevoar zonas aéreas da UE, EUA e Canadá.

Foram banidos os medias russos RT e Sputnik, acusados de desinformação sobre o conflito na Ucrânia.

Este sábado as companhias norte-americanas Visa e Mastercard suspenderam todas as suas operações na Rússia, tal como outras empresas que cessaram a sua atividade comercial no país. A este boicote económico acrescenta-se uma campanha de cancelamento no mundo da cultura.

Na quarta-feira, 2 de março, foi votada uma resolução na Assembleia das Nações Unidas que «exige que a Rússia cesse imediatamente de recorrer à força contra a Ucrânia». A resolução foi aprovada por 141 países; a China, como outros 34 países, absteve-se. Votaram contra a Rússia, a Bielorrússia, a Coreia do Norte, a Síria, a Eritreia.

A Ucrânia fez o pedido para se juntar à UE, seguida da Geórgia e da Moldávia.

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