Cimeira UE-índia

 No passado dia 8, sábado, deu-se a cimeira EU-Índia no Porto. O encontro reforçou a parceria estratégica, tendo-se focado em oito pontos principais: partilha de interesses e valores; acordo de comércio; cooperação científica e tecnológica; migrações e mobilidade; reforma do conselho de segurança; contribuir para um “espaço do Indo-Pacífico mais “aberto, inclusivo e regido pelas leis e normas internacionais”; crise climática e conectividade. Assim, a UE e a Índia comprometeram-se a promover a segurança global da saúde, nomeadamente através do reforço da preparação e resposta da OMS. A nível comercial, os líderes concordaram em: retomar as negociações sobre um acordo de comércio livre equilibrado, abrangente e mutuamente benéfico; encontrar soluções rápidas para problemas de acesso ao mercado; negociar um acordo autónomo de proteção do investimento e outro sobre indicadores geográficos.

Suspensão da iniciativa “Diálogo Económico e Estratégico China-Austrália”

Esta quinta-feira, a China anunciou a suspensão “por tempo indefinido” das actividades realizadas no âmbito da iniciativa “Diálogo Económico Estratégico China-Austrália” e criticou os países do G7 por declararem apoio a Taiwan. A decisão chinesa surge poucas semanas depois da Austrália ter vetado dois acordos assinados entre Pequim e o executivo do estado de Victoria, indicando incompatibilidades com o “interesse nacional”. Os dois acordos estavam relacionados com a BRI. O Governo chinês não ficou satisfeito com o comunicado conjunto dos ministros, que também acusaram a China de violação de direitos humanos e de utilização de “políticas e práticas económicas coercivas e arbitrárias” na arena internacional. Contudo, a RPC não foi a única a ser criticada, já que os ministros também referiram que a Rússia estava a tentar minar as democracias e a ameaçar a Ucrânia. O ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Wenbin, defendeu o seu país, acusando os demais de tentarem interferir na ordem interna da China.

Outras notícias:

• Joshua Wong, uma das principais figuras do movimento pró-democracia em Hong Kong, foi condenado a mais dez meses de prisão por ter participado, no Verão de 2020, na vigília anual que assinala o massacre na Praça de Tiananmen.
• O Pentágono aumentou os seus ativos militares no Médio Oriente à medida que as forças da coligação dos EUA e da NATO se retiram do Afeganistão. Na quarta-feira, o porta-voz do Pentágono, Kirby, disse que o envio destes reforços era uma prioridade.
• Pescadores franceses protestaram na ilha britânica de Jersey contra os direitos de pesca pós-Brexit. A tensão aumentou quando a França enviou dois barcos de patrulha marítima para as águas, depois da Marinha britânica ter enviado dois dos seus navios na quarta-feira. Na quinta-feira, a União Europeia acusou o Reino Unido de violar os termos do acordo comercial pós-Brexit e os barcos da Marinha Real Britânica foram obrigados a retirar-se.
• Esta segunda-feira, uma linha de metro da Cidade do México colapsou, matando 25 pessoas. A inauguração da linha de metro foi em 2012 e, desde então, surgiam preocupações com a sua estrutura, mas poucos esperavam este desfecho.
• As negociações do acordo nuclear iraniano foram retomadas na sexta-feira. Por enquanto, as partes admitem que as conversações podem terminar sem acordo, em parte devido às pressões políticas internas sobre os negociadores. A Casa Branca anunciou que as sanções ao Irão só poderiam ser levantadas se o país voltasse ao cumprimento do acordo nuclear. Jen Psaki, secretária de imprensa da Casa Branca, disse ter havido progressos nas conversações.
• Mais de uma semana de protestos na Colômbia já fizeram, pelo menos, 25 mortos e centenas de feridos. Os colombianos chegaram às ruas pela primeira vez em Abril, com o fim de protestar contra uma reforma fiscal introduzida pelo Presidente Duque.
• Esta quarta-feira, o Conselho de Supervisão do Facebook anunciou que as contas de Donald Trump permaneceriam bloqueadas. Nessa linha, também o cofundador da Rebel News, Ezra Levant, anunciou que a PayPal cancelou a sua conta sem explicação. A causa do bloqueio poderá estar relacionada com as críticas tecidas ao governo de Trudeau e às retrições aplicadas devido à covid-19. Para além da conta da Rebel News, a PayPal terá também bloqueado a sua conta pessoal e a da organização sem fins lucrativos For Canada.
• A Comissão Europeia adiou os esforços para ratificar o acordo de investimento com a China, disse, esta terça-feira, Valdis Dombrovskis. A situação deve-se ao clima actual entre a União Europeia e a China, mais especificamente devido às sanções aplicadas a ambos.
• Na quarta-feira, o porta-voz da UE para os Negócios Estrangeiros, Peter Stano, advertiu Israel quanto às construções que iriam “cortar” Belém de Jerusalém Oriental, zona que a comunidade internacional reconhece como território palestiniano ocupado por Israel desde a Guerra dos Seis Dias de 1967. Os governos da França, Alemanha, Itália, Espanha e Reino Unido também pediram a Israel que abandonasse os seus planos de construção.
• Esta quinta-feira, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse que a UE estaria disposta a analisar as propostas para renunciar às patentes da vacina covid-19, depois de os EUA terem dado o seu apoio ao plano na quarta-feira. O objectivo será acelerar a vacinação contra o vírus.
• O administrador da NASA, Bill Nelson, criticou a abordagem da China aos padrões de segurança e transparência, devido à queda de destroços do foguetão no índico. Este descontrolou-se depois de entrar em órbita, provocando receios de que os destroços pudessem atingir uma área povoada.