Imposição de sanções por parte dos EUA à Rússia

O Presidente dos Estados Unidos da América, Joe Biden, anunciou, esta quinta-feira, a imposição de sanções severas à Rússia, pelas atividades danosas e disruptivas praticadas contra os EUA. Biden imputou responsabilidades no Kremlin pela interferência nas eleições presidenciais norte-americanas, ocorridas em novembro de 2020, tendo sido este o principal motivo para a imposição destas sanções, e acusou formalmente a agência de inteligência artificial russa pelos ciberataques e espionagem cibernética, executados a partir de Moscovo, com o intuito de atacar instituições governamentais norte-americanas e as maiores empresas do país, como o ataque informático à empresa SolarWinds ocorrido no inicio de março do ano passado.

As sanções anunciadas pela Casa Branca, serão aplicadas a trinta e dois oficiais e entidades públicas, passando também pela expulsão de dez diplomatas russos de Washington D.C, por serem alegados espiões, pela punição de oito entidades russas pelo seu envolvimento na ocupação da Crimeia em 2014, e afetarão várias entidades russas a nível financeiro, efeito consequente da aprovação do decreto que autoriza a aplicação de sanções sob qualquer setor da economia russa.

Em forma de retaliação, a Rússia respondeu já às sanções anunciadas pela Administração Biden, afirmando a expulsão de dez diplomatas norte-americanos de Moscovo e o impedimento de atividades por parte de ONG’s norte-americanas no país, não tendo imposto, para já, restrições à realização de uma cimeira entre Joe Biden e Vladimir Putin.

Assiste-se, portanto, a uma tensão crescente entre os EUA e a Rússia, tendo em conta a alteração radical na perceção dos EUA perante a Rússia, desde o início da presidência de Joe Biden.

Protestos nos EUA- “No justice, no peace”

Esta semana ficou marcada pelo maior aumento de protestos contra a violência policial e o racismo nos EUA, desde a série de manifestações que procederam a morte de George Floyd em 2020. A morte de Daunte Wright às mãos da polícia norte-americana, desencadeou uma nova onda de protestos pacíficos e confrontos violentos entre os manifestantes e a polícia, que levaram à detenção de pelo menos 60 pessoas até agora, tendo como epicentro a cidade de Minneapolis, no estado de Minnesota. Os protestos estendem-se já por Pittsburgh e Chicago, numa semana em que ocorre o julgamento de Derek Chauvin pela morte de George Floyd  e em que foram divulgadas imagens que mostram outros casos de violência policial nos EUA, como o caso de Caron Nazario, alferes do Exército dos EUA que foi atingido inúmeras vezes com gás pimenta, agredido e insultado numa operação-stop em Windsor, no estado da Virgínia e o caso de Adam Toledo, um rapaz de 13 anos alvejado e morto pela polícia de Chicago.

Outras notícias:

• O governo de Hong Kong anunciou esta terça-feira a nova data das eleições Legislativas (19 de dezembro), tendo sido também anunciadas, as novas restrições aos eleitores, pelo que a oposição acredita ser mais uma medida da China contra o movimento pró-democracia.

• A proposta apresentada pela presidência portuguesa na União Europeia, que visa a criação de certificados verdes digitais foi aprovada esta terça-feira pelos representantes dos Estados-membros.

• Durante toda a semana, Belfast, capital da Irlanda do Norte, tem sido palco de motins entre manifestantes nacionalistas e loyalists, devido às novas decisões e regras implementadas com o Brexit.

• Começou esta quarta-feira, em Stuttgart, na Alemanha, o julgamento de um grupo de extrema-direita que pretendia levar a cabo ataques contra imigrantes, requerentes de asilo e políticos.

• Esta quinta-feira, Nova Deli anunciou o recolher obrigatório durante o fim de semana na capital, numa altura em que a índia apresenta um novo recorde de casos por Covid-19, com uma tendência para o aumento do número geral de contágios.