Golpe de Estado em Myanmar
No dia 1 de fevereiro, segunda-feira, o exército de Myanmar anunciou que tinha tomado o poder e que o mesmo tinha sido entregue às autoridades militares. Aung San Suu Kyi e outros líderes do seu partido, a Liga Nacional para a Democracia (LND), foram presos no seguimento deste acontecimento, não sendo claro onde é que estão a ser mantidos prisioneiros. Anunciaram, ainda, o estado de emergência que deverá vigorar durante 1 ano.
Este país, que foi desginado durante várias gerações “Burma”, devido ao seu grupo étnico predominante, viu o seu nome ser alterado para Myanmar em 1989 pelos militares governantes. Embora inicialmente alguns países se sentissem reticentes quanto ao uso deste termo, à medida que o país foi caminhando no sentido democrático o termo Myanmar tornou-se cada vez mais popular.
Os militares assumiram o poder após uma eleição geral na qual o partido Liga Nacional para a Democracia saiu vitorioso, uma vez que apoiavam a oposição e alegaram que estas eleições foram fraudulentas. Neste momento o país é liderado pelo comandante-chefe Min Aung Hlaing, que detém uma grande influência sobre o Tatmadaw-militares de Myanmar. Ainda no seguimento desta tomada de poder, os militares bloquearam o acesso à internet em várias partes do país e o acesso ao Facebook, que justificaram como uma questão de “estabilidade”.
A reação internacional fez-se sentir quase de imediato, com vários países, como os EUA, a União Europeia e o Reino Unido a condenarem veementemente esta tomada de poder. O Presidente dos EUA, Joe Biden, ameaçou voltar a aplicar sanções a este país e o secretário-geral da ONU, António Guterres, a este propósito, referiu que tal acontecimento representa “ um duro golpe nas reformas democráticas” . Contudo, a condenação não se fez sentir de forma generalizada, sendo que a China, por exemplo, vetou uma declaração do Conselho de Segurança da ONU que condenava o golpe. Por fim, também os seus vizinhos-Camboja, Tailândia e as Filipinas referiram que este é um “assunto interno”.
Alexei Navalny aprisionado
Um tribunal de Moscovo prendeu Alexei Navalny, crítico de Putin, por três anos e meio por violar as condições de uma pena suspensa. Navalny estava detido desde que voltou à Rússia no mês passado. Esteve hospitalizado na Alemanha devido à exposição que teve ao agente nervoso Novichok. Na sequência desta decisão, foram vários os protestos que se fizeram sentir em toda a Rússia, e foram feitas várias detenções.
Vários líderes mundiais condenaram a sentença de Navalny. A chanceler alemã, Angela Merkel, criticou a decisão do tribunal e exigiu o fim da violência contra os manifestantes pacíficos na Rússia. Também Boris Johnson, primeiro-ministro britânico, num tweet, pediu a libertação imediata de Navalny e classificou a decisão como “pura cobardia”, acrescentando ainda que esta decisão “não atendeu aos padrões mais básicos de justiça”.
O ministro dos negócios estrangeiros russo referiu que, como resposta à suposta participação da Alemanha, Polónia e Suécia em manifestações de apoio a Alexei Navalny, a Rússia decidiu expulsar os diplomatas destes países.
Outros desenvolvimentos:
- O ex-comandante rebelde do Uganda, Dominic Ongwen, foi condenado por crimes de guerra no Tribunal Penal Internacional.
- Mario Draghi, o ex-presidente do Banco Central Europeu, aceitou a missão de formar um Governo de unidade em Itália.
- Segundo um comunicado do seu porta-voz, o secretário-geral da ONU, António Guterres, continua seriamente preocupado com a situação em Tigray, Etiópia, onde centenas de milhares de pessoas necessitam de assistência humanitária.
- A Grã-bretanha expulsou três espiões chineses no ano passado que estavam no país e que afirmavam ser jornalistas, de acordo com um relatório publicado quinta-feira.
- O presidente Joe Biden declarou na quinta-feira a suspensão do apoio dos EUA a uma campanha militar liderada pela Arábia Saudita no Iémen, exigindo que a guerra que dura há mais de 6 anos, amplamente vista como um conflito por procuração entre a Arábia Saudita e o Irão, termine.
- A emissora estatal da China teve a sua licença para transmitir no Reino Unido revogada.
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