Brexit: Habemus acordum!
Esta quinta-feira, o Reino Unido e a União Europeia chegaram a um acordo comercial pós-Brexit, após meses de negociações. O primeiro-ministro Boris Johnson considerou-o um “bom negócio” para toda a Europa, que trará “uma nova estabilidade e uma nova certeza no que às vezes tem sido um relacionamento turbulento e difícil”. Segundo Johnson, o controlo das suas leis e do seu próprio destino retornou ao Reino Unido, passando a estar fora da união aduaneira e do mercado único, assim como da jurisdição do Tribunal de Justiça Europeu. Johnson afirmou também que o país passou a ter o “controlo total” das suas águas, ao contrário do presidente-executivo da Federação Nacional de Organizações de Pescadores (NFFO) do Reino Unido, segundo o qual a pesca foi “sacrificada” para garantir o acordo. Já para Michel Barnier, o negociador-chefe da União Europeia para o Brexit, “4,5 anos de esforço coletivo e unidade #EU” serviram para “preservar a paz na ilha da Irlanda. Para proteger os cidadãos e o mercado único. Para construir uma nova parceria com o Reino Unido”.
Novas eleições em Israel marcadas para 2021
Após sete meses de governo de unidade em pandemia constituido pelos dois principais partidos em Israel, este não logrou cumprir o prazo do orçamento de Estado, o que resultou na dissolução automática do parlamento do país (Knesset), conforme a sua lei. Israel realizará por isso a sua quarta eleição legislativa em dois anos, provisoriamente marcadas para 23 de março de 2021. As três eleições anteriores terminaram de forma inconclusiva ou com um governo frágil, sobretudo devido a alegações de corrupção por parte do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, que se tornou uma figura controversa. Prevê-se a continuação de uma grande maioria dos eleitos para os partidos de centro-direita, seguindo-se a direita religiosa e, por fim, uma esquerda com menor representação política no parlamento. Deste modo, a oposição à independência da Palestina e a construção de assentamentos israelenses na Cisjordânia deverá prosseguir sem uma oposição política relevante.
Outras notícias:
- Duas novas estirpes do vírus SARS-Cov 2 foram identificadas no Reino Unido, a primeira variante a 20 de Dezembro e a segunda a 23 de Dezembro. Como consequência, vários países tomaram medidas drásticas de suspensão de voos para impedir que esta se espalhe pelo mundo.
- O primeiro-ministro da Moldávia desde Novembro de 2019, Ion Chicu, demitiu-se, abrindo caminho para uma eleição parlamentar antecipada no país, após vários protestos que pediam a demissão do governo.
- Na Húngria, uma pesquisa recente do instituto Republikon perspectiva alguma perda no apoio ao partido nacionalista Fidesz, no poder desde 2010,ve ganhos para a aliança de partidos de oposição, para a eleição de 2022, desde as sondagens anteriores.
- O governo turco e a empresa russa de energia Gazprom estão a discutir a utilização do gaseduto TurkStream para abastecer o mercado europeu. Também a Autoridade Marítima Dinamarquesa anunciou trabalhar no assentamento de dois trechos do gaseduto Nord Stream 2 e os EUA estão a preparar novas sanções para impedir a sua expansão.
- Este Domingo vão ser realizadas eleições gerais na República Centro-Africana, apesar de ameaças contra os gabinetes de voto e locais de votação. O actual governo acusou o ex-líder François Bozizé de encenar uma tentativa de golpa e afirma que o o Ruanda e a Rússia enviaram tropas para conter o aumento da violência.
- O Ministério da Defesa Nacional de Taiwan divulgou quinta-feira que irá acrescentar cinco brigadas de defesa costeira até 2023 em resposta a exercícios militares da China, no que será a primeira medida de expansão das suas forças armadas desde 1997.
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