Possível acordo pós-Brexit
De acordo com o negociador-chefe da União Europeia para o Brexit, Michael Barnier, um acordo para o livre comércio pós-Brexit com o Reino Unido poderá estar próximo, podendo ser alcançado já este domingo. A Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse na quarta-feira que os dois lados já chegaram a um acordo quanto à manutenção de padrões ambientais, sociais e laborais, estando entretanto a fazer progressos nos subsídios internos e em como garantir que as medidas não diverjam a longo prazo. O Reino Unido terá finalmente aceitado as exigências da UE de um mecanismo para garantir que as alterações de normas regulatórias de longo do tempo não prejudiquem a concorrência leal, no entanto, exigências do Reino Unido relativamente à pesca e o controlo do acesso às suas águas, um assunto de grande importância para ambas as partes, poderão complicar um desfecho com acordo final. Um acordo de última hora poderia ser provisoriamente aplicado a partir de 1 de janeiro e aprovado posteriormente pelos respetivos parlamentos, caso contrário, após esse dia serão aplicadas as regras da OMC e o Reino Unido estará sujeito às suas taxas e controlo alfandegário.
A China prioriza o seu desenvolvimento tecnológico
O Partido Comunista Chinês (PCC) enfatizou a urgência no desenvolvimento tecnológico da China na Conferência do Trabalho Económico Central deste ano, apontado esse sector como uma das suas prioridades. O PCC visa assim “fortalecer o poder da ciência e tecnologia estratégica nacional” a fim de incrementar a independência económica do país, num momento em que as tensões com Washington se agudizam. Esta semana, o regulador de mercado da China multou e anunciou uma investigação a empresas de tecnologia digital como a Alibaba Group e Tencent, revertendo uma abordagem mais liberal da China quanto ao papel da Big Tech na internet e reforçando as suas leis anti-monopólio. De saída do seu cargo, o presidente Donald Trump assinou na sexta-feira legislação que poderá expulsar as empresas chinesas das bolsas de valores dos EUA, a menos que, segundo a Casa Branca, estas adiram aos padrões de auditoria americanos.
Outras notícias:
- Na África Oriental, a Somália rompeu relações diplomáticas com o Quénia, após reunião do presidente do Quénia com o presidente da região separatista da Somalilândia. A Somália reforçou a sua presença militar ao longo de sua fronteira, na qual já se verificaram vários confrontos este ano entre as forças quenianas e somalis.
- No âmbito da emergência de uma parceria estratégica, a Turquia assinou um acordo para o produção de corvetas e veículos aéreos não tripulados armados com a Ucrânia, cujo Ministro da Defesa afirmou que irá reforçar drasticamente as capacidades da marinha ucraniana no Mar Negro e Mar de Azov.
- Ao lançar uma nova ofensiva no sul de Nagorno-Karabakh na sexta-feira, o Azerbeijão violou um cessar fogo que havia mantido por quase um mês com a Arménia e que foi negociado com a Rússia. Baku reconheceu o ataque, mas justificou-o como operação de contraterrorismo.
- Oficiais do Governo dos EUA dizem que o país foi alvo de um ataque cibernético de grande escala. Entre os alvos já apurados estão a Agência de Armas Nuclear, O Departamento de Segurança Interna, os Departamentos do Tesouro, da Energia e do Comércio. “Altos oficiais de inteligência” americana acusam a Rússia de ser responsável pelo ataque. Por outro lado, o FBI está a investigar o contacto de um membro do Comité Seleto Permanente de Inteligência da Câmara dos Comuns (HPSCI) com uma alegada espiã da China.
- A Austrália abriu um processo na Organização Mundial do Comércio (OMC) contra as restrições da China às importações de cevada australiana.
- Na busca de acordos multilaterais, o Taiwan enviará um pedido de adesão à versão renovada da Parceria Trans-Pacífico (TPP), assim que terminar as consultas informais com seus 11 membros existentes.
- A UE aprovou sanções adicionais à Bielorússia, visando 29 indivíduos e sete entidades, decorrentes das eleições contestadas no país em Agosto. Os estados-membros também concordaram em estender as sanções relativas à anexação da Crimeia por mais seis meses.
- Os EUA assinaram um acordo bilateral de financiamento comercial e investimento com a Singapura, como parte da sua aposta no mercado do Indo-Pacífico.
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