Eleições norte-americanas: o segundo e último debate entre Joe Biden e Donald Trump
Realizou-se esta quinta-feira o segundo e último debate entre Joe Biden e Donald Trump, na universidade de Belmont, em Nashville, Tenessee. Devido aos contrangimentos que surgiram no primeiro debate, particularmente o facto de ambos os candidatos se terem interrompido frequentemente, foram introduzidas medidas especiais para evitar o caos do primeiro debate.
A maior parte dos analistas considera que este debate foi mais enriquecedor para o público, nomeadamente pelo facto de Donald Trump ter moderado o seu tom e Joe Biden ter tido uma postura mais assertiva. O debate cobriu seis tópicos: o combate à covid-19; alterações climáticas; segurança nacional; liderança; a questão racial nos EUA e famílias americanas.
No que concerne à segurança nacional, o principal foco do debate foi a possível ingerência por parte de potências estrangeiras nas eleições norte-americanas, nomeadamente a Rússia, a China e o Irão, com Joe Biden a afirmar que se fosse presidente faria estes países “pagar”, ao passo que Donald Trump acusou Biden de ter obtido dinheiro através da Rússia.
Protestos na Nigéria escalam
Os protestos #EndSARS, que começaram pacificamente através de jovens nigerianos, acabaram por degenerar em caos, sendo agora visível uma forte presença das forças de segurança nas ruas, mortes e vandalização de propriedades públicas e privadas, assim como um apelo da maioria dos países para que se cesse a violência.
Este movimento ficou conhecido internacionalmente pela capacidade em chamar a atenção da comunidade internacional para as acusações de prisões arbitrárias, torturas e assassínios da unidade especial antirroubo da polícia nigeriana que, entretanto, já foi dissolvida. Na noite de terça-feira, durante uma manifestação pacífica que pretendia desafiar o recolher obrigatório imposto pelo governo, várias pessoas morreram por ações das forças de segurança na região da cidade de Lagos.
A Amnistia Internacional alertou para a escalada de violência que se faz sentir, assim como várias outras personalidades internacionais, tendo todos feito um apelo para ser alcançada uma solução pacífica. Após uma semana intensa de protestos e confrontos, a situação no terreno parece ter acalmado.
Outros desenvolvimentos
- Manifestações no Chile contra a desigualdade tornaram-se violentas após o incêndio, por parte dos manifestantes, de duas igrejas, destruindo uma delas.
- O nacionalista de direita, Ersin Tatar, venceu as eleições no Chipre do Norte, uma zona controlada pela Turquia.
- O Ministério dos Negócios Estrangeiros britânico acusou a inteligência militar russa, a GRU, de realizar ataques cibernéticos contra organizações e e autoridades envolvidas nos Jogos Olímpicos que se iriam realizar este ano, em Tóquio.
- Tensões entre a China e Taiwan eclodiram após uma luta física entre diplomatas de ambos os países nas ilhas Fiji.
- O presidente dos EUA, Donald Trump, referiu estar disposto a retirar o Sudão da lista de países patrocinadores do terrorismo se o mesmo pagar uma indemnização de $335 milhões.
- A noiva do jornalista saudita assassinado, Jamal Kashoggi, aplicou uma ação judicial contra o príncipe herdeiro da Arábia Saudita, acusando-o de ter ordenado o assassinato.
- Procuradores em Taiwan acusaram o capitão de um barco de pesca chinês de ordenar a morte de quatro supostos piratas somalis há oito anos.
- Pelo menos 24 pessoas morreram e dezenas ficaram feridas durante um ataque suicida este sábado, em Cabul, em frente a um centro de educação. O Estado Islâmico reivindicou a autoria deste atentado.
- Vários partidos políticos sudaneses revelaram a sua oposição à decisão do país de normalizar relações com Israel.
- As duas fações oponentes no conflito líbio chegaram a um acordo de cessar-fogo nacional, completo, permanente e com efeito imediato, após cinco dias de negociações da comissão militar conjunta líbia, sob a égide da ONU.
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