Shinzo Abe demite-se de Primeiro Ministro do Japão
O Primeiro Ministro do Japão, Shinzo Abe(Abe Shinzo, na convenção nativa em que o nome de família surge primeiro), anunciou a sua demissão na passada Sexta-feira devido a problemas de saúde, alegando incapacidade de desempenhar as suas funções na plenitude como resultado.
A demissão surge num momento particularmente complicado, dada a situação de pandemia que ainda se vive, inclusive no Japão. Abe deixa por cumprir parte do seu projecto governativo, que iniciou funções em 2012 após um primeiro mandato breve entre 2006 e 2007, também interrompido por questões de saúde, o que faz deste o período mais longo de governo em funções no Japão.
O mandato de Abe foi marcado por uma fase de estagnação económica, cuja solução do executivo foi apelidada de “Abenomics”. Apesar dos resultados mistos, o governo de Abe tem sido encarado como promotor de estabilidade. No campo internacional, o Japão tem renovado nos últimos anos as suas doutrinas e posicionamento, estando num processo de remilitarização que o final da 2ª Grande Guerra inibiu até hoje, bem como de reorganização e coordenação estratégica, tendo em conta a ascendência regional da China.
A Grécia e a Turquia sob os holofotes
Nas últimas semanas, vários desenvolvimentos têm pautado o Mediterrâneo envolvendo Grécia, Turquia e outros actores da região.
Os exercícios militares que têm sido levados a cabo pela Grécia, em conjunto com Chipre, França e Itália são vistos com maus olhos pela Turquia, que tem vindo a expandir a sua influência na região com incursões diplomáticas inclusive na Líbia.
Neste contexto, a Grécia tem aumentado o ritmo dos exercícios militares, desta feita em conjunto com os Emirados Árabes Unidos, na região onde se têm verificado desentendimentos com a Turquia sobre a exploração de recursos minerais. Também esta semana se prevê que a Grécia ratifique um acordo marítimo com o Egipto, algo que é visto como contrapeso para o acordo Turquia-Líbia.
A Turquia, por sua vez, levou a cabo um encontro pelo seu ministro da defesa com o seu equivalente britânico para discutir precisamente a questão do Mediterrâneo Oriental. Adicionalmente, foi celebrado um acordo de intensificação de cooperação no sector da defesa com a Ucrânia.
Outras notícias
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- Mohammad Bin Salman, o Príncipe Saudita, cancelou uma reunião secreta com o Primeiro Ministro Israelita em Washington, após a sua realização ter chegado ao domínio público. A reunião teria como objetivo melhorar as relações entre os dois Estados.
- Mais de 100.000 pessoas protestaram contra Lukashenko no passado domingo, segundo a Humans Right Watch, levando o governo a interromper os serviços móveis. A emissora estatal Belarus 1 diz terem participado apenas 20.000. Os protestos continuam até hoje. A agência russa RBC afirma que os protestos estão a afectar cerca de 27% do PIB bielorusso.
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