O Mundo de 17-23 Agosto

Golpe de Estado no Mali

O presidente maliano Ibrahim Boubacar Keita foi preso e forçado a demitir-se, uma escalada na crise política que se faz sentir há vários meses, marcada por  manifestações anti-governo e mediações falhadas por parte de líderes regionais.

Após a detenção e a tomada de poder por parte dos militares, foram várias as reações e os apelos que surgiram para a retoma da normalidade política. Os chefes de Estado da  Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental apelaram à reintegração do presidente, e as Nações Unidas condenaram o golpe de Estado.

A situação política tinha-se vindo a degradar, tendo-se materializado nas várias manifestações contra a corrupção e a fraude eleitoral. O grupo opositor “Movimento 5 de Junho” acusou Keita de permitir que a economia maliana entrasse em colapso e de má gestão das questões securitárias no norte e no centro do país, questões essas que levaram à intervenção da ONU. Movimentos  ideologicamente motivados revelaram tensões étnicas e aspirações políticas, levando a um crescendo de violência no Sahel, tendo a violência se perfilhado em países como o Niger ou o Burkina Faso.

Suspeitas de envenenamento do principal opositor de Vladimir Putin

Alexander Navalny, opositor político de Vladimir Putin, encontra-se inconsciente, após suspeitas de envenenamento. Navalny tem sido desde há vários anos um critíco acérrimo de Putin, tendo afirmado em Junho que as votações às alterações da constituição se tratavam de um “golpe” e de uma violação da constituição.

O ativista foi levado para Berlim para ser tratado por suspeita de envenenamento, depois de a sua esposa e os seus amigos implorarem a Vladimir Putin para que o mesmo fosse transferido do hospital siberiano no qual se encontrava. Os médicos na cidade de Omsk recusaram-se a permitir que ele abandonasse o hospital, porém, acabou por obter permissão para voar numa ambulância aérea enviada por uma instituição de caridade alemã nas primeiras horas deste sábado.

Durante o último século, uma série de opositores políticos a Putin adoeceram misteriosamente, tendo muitos morrido. Todos eles, aparentemente, foram vítimas do laboratório secreto de venenos em Moscovo, criado por Lenin em 1921, sendo que a sua função era lidar de forma eficiente com os inimigos do Estado. Após Vladimir Putin se ter tornado Presidente da Rússia, em 2000, os assassinatos políticos retornaram de forma intensa, pelo que se especulou que o laboratório estaria de novo a funcionar.

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