Israel chega a acordo com os Emirados Árabes Unidos
Israel e os Emirados Árabes Unidos chegaram a um acordo considerado histórico, para a normalização das relações bilaterais. Este desenvolvimento vem com algumas concessões por parte de Israel, que em contrapartida congela o plano de anexação de territórios palestinianos. Esta novidade vem no seguimento da moderação dos discursos por parte de vários líderes árabes da região, sobretudo na Arábia Saudita, embora o mesmo não seja visto com bons olhos pelas populações destes países em geral.
No rescaldo do acordo, a Palestina retirou o seu embaixador dos Emirados, podendo seguir-se a Turquia, que por si já se encontra envolta em tensões com outros estados da região, e cujo posicionamento colide com os mesmos em vários aspectos geopolíticos.
Tensões no Mediterrâneo
Esta semana revelou-se particularmente conturbada no Mediterrâneo-Leste, tendo ainda em conta os desenvolvimentos recentes no Líbano, que levaram o governo a prolongar o estado de emergência por duas semanas.
O navio Turco Oruç Reis deu início a prospecções por recursos energéticos em águas contestadas, algo a que a Grécia respondeu com avisos. Esta é uma escalada de tensões que tem vindo a marcar a agenda internacional nos últimos meses, por vezes incluindo a questão do Chipre, cuja resolução não se encontra à vista. O presidente francês, que marcou presença na região recentemente, enviou dois caças Rafale, para intervir no sentido de acalmar as tensões.
Este é um desenvolvimento que nos indicia alguma competição regional entre Turquia e França, que terão alguma sobreposição nas respectivas esferas em que pretendem manter influência, nomeadamente na Líbia e no Levante. Um incidente naval já ocorreu em Julho passado, e tanto Turquia como França têm demonstrado cepticismo na viabilidade da NATO.
Os media gregos reportam também a ocorrência de uma colisão entre um navio militar grego e um turco, afirmando que os estragos foram mínimos.
Outras Notícias
- Taiwan planeia aumentar o investimento em defesa, com um aumento de 1,4 mil milhões de dólares no próximo ano.
- As grandes petrolíferas indianas não irão receber mais entregas de crude por navios chineses.
- Svetlana Tsikhanouskaya, esposa do candidato à presidência bielorussa preso que apresentou a própria candidatura, saiu do país após a vitória controversa de Lukashenko.
- O Iraque convocou o embaixador da Turquia, no seguimento de ataques de drone no território que eliminaram dois oficiais.
- Os EUA optaram por não aplicar a subida de tarifas à Airbus e num cabaz de bens oriundos da UE.
- A Rússia negoceia a aplicação de um imposto de 15% a lucros e dividendos obtidos no estrangeiro por grandes empresas.
- O Porto de Mocímboa, em Moçambique, foi alegadamente capturado por terroristas.
- O Japão firmou um acordo com o Vietname para o fornecimento de seis navios patrulha.
Faça o primeiro comentário a "O Mundo de 10 a 16 de Agosto"