Embates no Caucaso
Tensões renovadas na região do Caucaso levaram a embates na fronteira entre a Arménia e o Azerbaijão, resultando em 20 mortes. Os embates tiveram início cerca de 300 km a norte da região contestada de Nagorno Karabakh, com protestos em Baku reclamando um regresso à guerra e acusações mútuas sobre quem reiniciou o conflito.
Esta região tem sido historicamente marcada por conflitos entre ambos estes estados, datando da divisão da ex-URSS, da qual Azerbaijão e Arménia faziam parte. Ambos os estados reclamam visões diferentes das suas fronteiras territoriais, em particular da região autónoma de Nagorno-Karabakh, que em 1992 declarou a sua independência, levando a massacres com cariz genocida dentro da região pelas mãos de forças etnicamente Arménias sobre a população Azeri, o que resultou na intervenção do Azerbaijão e num conflito trans-nacional inter-étnico. Vários cessar-fogo e tentativas de chegada a um consenso têm-se demonstrado de eficácia limitada, e sem atingir uma resolução definitiva.
A reemergência deste conflito faz-se notar numa fase em que o Azerbaijão, país particularmente dependente das exportações de petróleo, tem sofrido nos últimos meses devido aos preços baixos da matéria prima. O ministério da defesa turco já manifestou a sua disponibilidade para apoiar o Azerbaijão, ao passo que apesar de o ministério da defesa da Arménia afirmar que a situação estava sob controlo, o embaixador arménio em Moscovo afirmou esperar que a Rússia utilizasse a sua influência para atenuar a crise.
A China mais uma vez
Em resposta às patrulhas aéreas chinesas sobre o Mar do Este da China, o Japão está actualmente a enviar caças contra qualquer avião militar chinês que voe da província de Fujian. Isto origina como parte do diferendo sobre as ilhas contestadas Diaoyu/Senkaku, que é um ponto de contenção de longa data entre as duas potências.
Adicionalmente, os EUA afirmaram que existe espaço para sanções adicionais on seguimento da posição de Pequim sobre o Mar do Sul da China, onde reclama 90% do território marítimo, com o secretário de estado Mike Pompeo a afirmar que as suas pretensões constituem uma violação do direito internacional.
Outras Notícias
- Andrzej Duda, atual presidente da Polónia, foi declarado vencedor das eleições presidenciais, mantendo o cargo após um mandato marcado por tensões com a UE devido ao seu posicionamento populista.
- O parlamento oriental da Líbia, que apoia o LNA de Khalifa Haftar, aprovou uma moção em que autoriza uma intervenção militar do Egipto no território, após o apoio militar turco ter ajudado a consolidar a posição do GNA.
- De acordo com um novo alerta por parte de agentes de segurança do Reino Unido, EUA e Canadá, grupos de hackers Russos têm estado implicados em ataques cibernéticos a organizações que estão actualmente envolvidas no desenvolvimento de uma vacina para a Covid-19.
- Rebeldes Houthi do Yemen reclamam autoria sobre um ataque a instalações de processamento de petróleo na cidade de Jizan, na fronteira do sudoeste. As autoridades sauditas afirmam ter interceptado e destruído quatro mísseis e seis drones carregados com bombas.
- A China afirma estar a realizar progressos nas conversações com a Índia, no seguimento do conflito no vale de Galwan.
- Segundo a Universidade Johns Hopkins, os Estados Unidos da América quebraram novamente o recorde de casos diários de Covid-19, desta vez com 77,300 casos.
- O Reino Unido baniu a Huawei da sua rede de 5G, no seguimento das questões de segurança que foram levantadas e pressão americana sobre a cooperação em intelligence.
Faça o primeiro comentário a "O Mundo de 13 a 19 de Julho de 2020"